sábado, 11 de outubro de 2008

Barebacking, a roleta russa do sexo


O título desse post pode assustar, mas embora pareça sensacionalista, ilustra bem a nova moda entre os norte-americanos que, em busca de aumentar o prazer sexual fazem festas "roleta russa", cuja atracção principal é o risco de contrair o virus HIV SIDA.

Tudo começou em São Francisco, com o surgimento das "barebacking parties", festas organizadas para que todos (de ambos os sexos) mantenham relações sexuais sem o uso do preservativo e das "Russian Rolette Partie", na qual 10% das pessoas são seropositivas e as demais seronegativas. Nesse tipo de festa, somente o organizador sabe quem são os infectados com o vírus (chamados de "presente") e é estrictamente proibida a entrada, uso e venda de preservativos - ou seja - entrou, está exposto.

Além disso, é crescente o número de casais homossexuais que se contaminam voluntariamente, a fim de assumir uma situação de igualdade diante do parceiro e com isso livrar-se definitivamente do uso da camisinha.

A essa altura você deve estar a pensar se existe alguém que apoia tais iniciativas. A resposta é sim. Segundo a revista "Veja", o mais influente activista contra o uso da camisinha, o californiano Tony Valenzuela, é famoso pelos seus discursos inflamados contra a prevenção. "O sexo sem preservativo tem um valor original que resulta em elevado nível de intimidade e erotismo incomparável", declarou ele ao site da organização Sex Panic.

Segundo os ideais bareback, essa foi a forma encontrada para questionar a sociedade, e os seus dogmas sexuais e mentiras. O próprio sucesso nos tratamentos da SIDA acabou por influenciar este movimento. Hoje, com a ajuda de coktails e medicamentos, a esperança de vida de um seropositivo aumentou para vinte anos ou mais, o que diminuiu proporcionalmente o número de mortes em por consequência da doença, desde 1996. Entretanto, a situação é tão alarmante que algumas comunidades gays europeias descrevem casos de desempregados que se contaminaram propositalmente para obter benefícios oferecidos aos portadores do vírus da SIDA, como auxílio à moradia, alimentação e tratamento.

Bom, os comentários estão abertos para as considerações.

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